E de repente me encontro a vontade livre da armada do laço
Cantando as coisas do pago, com a alma mateando comigo
Solto um olhar pro infinito, com a prosa domando conceitos
Talvez, por gostar do salseiro, das crias chateando no pasto
Talvez por andar preocupado
Com o gado miúdo alheio
(Eira boi quem for da tropa se a lida der um tombo
E a vida der o troco a gente de loco cai na volteada
E a vez lanhá o lombo da rês lambe o couro
E de tirá um pouco o cisco dos olhos)
Acomodei os troço dos arreios pus as rédeas no passado
Me reconheci bem no trato com o pampa tapeando o sombrero
No pala dos meus pensamentos o sangue das minhas verdades
No apelo de algum buenas tardes o mundo das minhas milongas
Violão serei eu o peão da ponta
Com a alma berrando comigo
( )