Jamais verei minha terra pequenina
Porque sei que em cada esquina só teria desenganos
Mas não me esqueço do garimpo dos Coqueiros
E dos velhos companheiros dos saudosos nove anos
Me lembro sempre do Josias e Anterino
Aguinaldo e Noraldino, Desidério e Rafael
Ai quem me dera se mudasse meu destino
E voltasse a ser menino lá no meu Coromandel
Mas como posso vir rever minha cidade
Se nas ruas da saudade meus amores não verei
Se lá no alto na casinha tão branquinha
Não está minha mãezinha pois sem ela já fiquei
E nas novenas de Santana Padroeira
Já não há o Zé Ferreira com a bandinha a tocar
E nesse instante meu Coromandel querido
Abaixo os olhos comovido pra ninguém me ver chorar
Adeus, adeus macaúba das vazantes
Douradinho dos diamantes a saudade é meu tormento
Porque guardaram os lindos sonhos de criança
É viver de esperança pra morrer de sentimento
Coromandel, os antigos sonhos meus
A canção do meu adeus para ti eu dediquei
São pedacinhos de saudade dos parentes
Das planícies e nascentes desta terra que amei
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)