Não estás comigo já não mais vivo
Foste para sempre e sozinho estou
Tua sombra entanto nunca me abandona
Para quando eu paro, anda quando eu vou
Que saudade imensa, que saudade triste
Não estás comigo, me deixaste só
Só terei ventura no final da vida
Quando a minha carne retornar ao pó
A lembrança triste que ficou comigo
É como um fantasma que jamais me deixa
A tragédia imensa, o abandono triste
É todo delírio desta minha queixa
Não estás comigo, cedo me deixaste
Vivo num delírio, numa maldição
Vejo-te nas horas de silêncio e trevas
Dias de tormento e de solidão
Não estás comigo doce amada ausente
Desfaleço e morro sem o teu amor
Sou como aventura que murchou na vida
E como a esperança que perdeu a cor
Não estás comigo, vivo num delírio
Vivo sem ventura, vivo sem ninguém
Chamo por seu nome, chamo a noite inteira
Doce companheira mas ela não vem
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)