Lidorilo vai no galpão, traz o cabresto e buçal
Que eu vou pegar um animal, que rumbio pra redomão
O guapo anda retirante, lá na invernada do fundo
Pensa que é dono do mundo e lá tá por retirante
Traz também o doze braças e a nazarena argentina
Aquela da ponta fina que aonde pega arregaça
Tu fica frio não te assusta com meu bruto versejado
É que amanheci apurado pra fazer o que me gusta
Só precisa jeito e manha pra lidar com aporreado
Só precisa jeito e manha pra lidar com aporreado
Nunca refuguei bolada pois tenho o corpo fechado
Nunca refuguei bolada pois tenho o corpo fechado
Vê se tu não faz alarde, mas avisa o vizindário
Pode chamar o vigário se cair pro fim da tarde
Pois nesta terra que é minha é chão de um dono só
Tu sabe eu não tenho dó de urco forra da linha
Sai sovando macega no meu rosilho gateado
Num xerume desconfiado, prevendo peleia e refrega
Que pena que ninguém viu, quando o dito me avistou
Trocou orelha bombeou, querendo então virar o fio
Só precisa jeito e manha pra lidar com aporreado
Só precisa jeito e manha pra lidar com aporreado
Nunca refuguei bolada pois tenho o corpo fechado
Nunca refuguei bolada pois tenho o corpo fechado
Era bem o que eu queria, aquilo virou passeador
Sou do tipo chegador e isto ele não sabia
Passado do meio dia, trouxe o xucro pra mangueira
O maula numa soalheira bem cabresteado eu trazia
Lidorilo reúne a cavalhada, e bota tudo na forma
Pra verem que esta é a norma, com bicho venta rasgada
Por aqui sigo lidando no tutano da fazenda
Manha só pra minha prenda e ainda lá de vez em quando