Fez-se o tumulto
E a desinformação
Daí surgiu a oportunidade
Se instala o medo
E a insensatez
Que não aflige quem tem muro e grade
Quando alguém vier bater
A sua porta a noite
E não tiver a quem recorrer
Como será?
Quando o discurso
É posto em ação
Daí talvez já seja muito tarde
No ponto cego
O grito é em vão
A vida tem suas fatalidades
Quando alguém vier bater
A sua porta a noite
E não tiver a quem recorrer
Como será?
Cegando o bairro e o estado
Cegos de cima a baixo
Incentivando a privada em detrimento de todos
Uma cagada liberal
Imediatista imoral
O fascismo informal
Noite infértil, escura, longa e fria
O grito é em vão
Os absurdos
Em meio ao apagão
A quem foi dada legitimidade?
Cegos e surdos
Em meio ao apagão
A vida tem suas fatalidades
Batendo a sua porta
Em meio a escuridão
Ninguém ouve ou vê