Tanto pra dizer de um mundo mudo
Que fala tanto sobre tudo mas não vê
A razão de ser que há no fundo
De tudo aquilo que se aprende a querer
Os tesouros tantos
As belezas os encantos
O sonhar e o se esquecer
O ser normal, o sim, o não compreender
Eu nunca cheirei gasolina
Nem pus cocaína no tanque do carro
Que sarro, vem você falar do que é certo
Você que esteve tão perto e fechou a cortina
Com medo que a esquina pudesse te ver transcender
O seu deserto