Nasci ginete enforquilhado num ventena
Trazendo a estampa e o jeitão de Martin Fierro
Sou da fronteira, me criei com las tropillas
Meu coração tem o compasso de um cincerro
Garrão de potro bem sovada à meio-pé
Pança de burro, vincha larga e chiripá
Espuela grande, repiqueteando o destino
Badalando igual o sino em las criollas de allá
Esta é a sina de quem vive na fronteira
Cruzando o pago, golpeando potro por farra
Cantando coplas que aprende em Jesus Maria
Soltando a alma entre bandona e guitarra
Esta é a sina de quem vive na fronteira
Cruzando o pago, golpeando potro por farra
Cantando coplas que aprende em Jesus Maria
Soltando a alma entre bandona e guitarra
E o sapucay da mulher gaúcha?
Seja de em pelo, couro estendido ou gurupa
Cuatro espuela', monta índia, basto oriental
Faço as chorona' dizer quem manda na cancha
Pois, pra um fronteiro, isso é coza tradicional
Por isso, gosto e grito, larga, por favor
Terceando a vida, mano a mano, num arranque
Sou mais um desses que fazem das gineteada'
Uma herança firmada c'o a fundura de um palanque
Esta é a sina de quem vive na fronteira
Cruzando o pago, golpeando potro por farra
Cantando coplas que aprende em Jesus Maria
Soltando a alma entre bandona e guitarra
Esta é a sina de quem vive na fronteira
Cruzando o pago, golpeando potro por farra
Cantando coplas que aprende em Jesus Maria
Soltando a alma entre bandona e guitarra