Venho das grimpa do angico
Das grapa e soita-cavalos
Sou o ronco do bugio
Tenho orgulho em roncá-lo
Entrei pro foles da gaita
Nas bodegas por aí
Comendo fruta em tapera
Bebendo água do rio jacuí
Então, é por isso que estou aqui
Oia, bugio véio! Simbora, moçada
Venho das grimpa do angico
Das grapa e soita-cavalos
Sou o ronco do bugio
Tenho orgulho em roncá-lo
Entrei pro foles da gaita
Nas bodegas por aí
Comendo fruta em tapera
Bebo água do jacuí
Então, é por isso que estou aqui
Então, é por isso que estou aqui
Não imagino meus rios
Sem o mato nas barrancas
Desequilíbrio total
A seca matando as plantas
Nossos avós quem plantavam
Até onde era caminho
O bugio é quem replanta
Ou, senão, os passarinhos
Só cortam e cortam
Não deixam um pouquinho
Só cortam e cortam
Não deixam um pouquinho
Sou um bugio do rio grande
Onde o céu é mais azul
E venho no foles da gaita
De paraíso do sul
Sou um bugio do rio grande
Onde o céu é mais azul
E venho no foles da gaita
De paraíso do sul
Aháhá! Aháhá! Meu Rio Grande do Sul
Aháhá! Aháhá! Meu Rio Grande do Sul
Céu azul
Deixem os matos crescer
Para o bugio procriar
Vendo minha filha, teus filhos
Sempre o bugio respeitar
Bugio roncando no mato
És o salmo das alturas
Traz chuva nas plantações
Na mesa, muita fartura
Aqui, quem conhece, entende a figura
Aqui, quem conhece, entende a figura
O ritmo do bugio
É aqui no meu rio grande
Ele ronca no pau-a-pique
Se escuta no mato grande
Anuncia temporal
Irapuá e piquiri
Os balseiros se preparam
Para a enchente no jacuí
Então é por isso que estou aqui
Então é por isso que estou aqui
Sou um bugio do rio grande
Onde o céu é mais azul
E venho no foles da gaita
De paraíso do sul
Aháhá! Aháhá! Meu Rio Grande do Sul
Aháhá! Aháhá! Meu Rio Grande do Sul
Céu azul
Oia! Bugio velho
Esse é bugio de dançar rengueando, moçada