Sou caminhoneiro e adoro esta vida
Viajo sozinho com meu caminhão
Não tenho morada e nem paradeiro
O meu destino é cortando estradão.
De norte a sul de cidade em cidade
Levando o progresso do nosso país
Com chuva ou com vento ou tempestade
E quando no peito aperta a saudade
Somente a viola me deixa feliz.
Viola de pinho fiel companheira
Que aperta no peito na hora da dor
É você que manda pra longe a tristeza
E disfarça as mágoas deste cantador.
Pedaço de tábua que guarda segredo
De tantos amores que longe deixei
Contigo nos braços viola querida
Deixei muita fama por onde passei.
Quando o dia finda e chega a tardinha
No acostamento estaciono o possante
Meus braços parecem pedir a viola
Dizendo que chega de tanto volante
Eu bebo alguns goles da água vertente
Que a mãe natureza nos deu pra beber
E assim vão chegando outros caminhoneiros
Que gostam do toque deste violeiro
E cantam comigo pra desparecer.