Você está vendo aquela linda mulher
Que pelas ruas admira todo mundo
Sua beleza não se vende por dinheiro
E ás vezes entrega a um boêmio vagabundo
Despreza o pobre que lhe dá o coração
E adora o rico que seu amor não lhe quer
E de desgosto segue o trilho da amargura
Hoje ela vive em boemias de mulher
Só o cigarro e a bebida lhe consola
Em sua casa nunca mais pode voltar
Seus pobre pais não suportando a ingratidão
De ver a filha na bebida naufragar
Quando ela encontra com as próprias companheiras
Sente vergonha de contar o que ela é
Os cadilacs e o dinheiro lhe traiu
Hoje a beldade é a flor do cabaré
Pois a beleza também tem o seu fracasso
Tem a velhice a tirar toda a ilusão
Leva a beleza para sempre a eternidade
Fica vagando somente a recordação
Quando estiver maltrapilha pelas ruas
Tão desprezada que ninguém jamais te quer
Olha no espelho o seu rosto já sem vida
Enxerga apenas uma sombra de mulher