Imagine um mundo distante
Muito distante
E bem longe daqui
Onde o eco das palavras que canto
Rompem as fronteiras do amor
Escancarando o verbo
Pra dizer a ela
Que na minha aquarela
Predomina o azul
E quando vem a lembrança
O desejo se lança
A libido extravasa
Causando uma disritmia
Uma euforia
Me espalhando em brasas
Ela é minha alquimia
Minha alforria
O quintal de casa
É bom ver a ternura sim
Sem perdê-la jamais
O amor não enclausura
Não tem talvez nem aliás
O amor não envelhece
O amor é rapaz!
O amor que mora em mim
É mais, muito mais
Então vem, vem, vem
Que eu tenho a primavera
Imagine um mundo sem cor
Imagine uma luz sem brilhar
Imagine uma abelha sem flor
Sou eu sem ela!
Imagine um rio que secou
Imagine um porto sem mar
Imagine um Sol sem se pôr
Sou eu sem ela!