Ai que saudade dos velhos tempos
Em que se andava calmamente pelas ruas da cidade
Pegar um bonde no tabuleiro da baiana
Era um costume tão bacana dos rapazes do passeio
Camisa branca de colarinho
Terno listrado de azul marinho
Chapéu de palha, sapato fAi que saudade dos velhos
tempos
Em que se andavaino
E no cabelo sempre muita gomalina
Mais hoje em dia, não se vê mais isso não,
Ai que sufoco pra pegar a condução
Não sobra mais grana nem pra gente ir ao teatro
E a gente vive com essa pedra no sapato
Mais que diacho! Ninguém escapa
E o nosso artista nunca passa de um programa de
calouro
Olha a Buzina, lá vem o rapa, e nessa surra
No puleiro quem apanha é sempre o povo
Seu delegado, eu sou honesto
Trabalho duro, me viro a breca
Na Tiradendes eu faço ponto
Nas horas extras eu ainda sou boneca
Diz quem me diz, eu sou solteiro e vacinado
Pago meu pis, tenho meu fundo garantido
Gradualista muito bem remunerado
E ainda recebo honrra ao mérito de otário
Mais que diacho....