Malandro de muita arte que roubou a vida inteira
Parecia homem de Marte, lambari da corredeira
Embrulhou por toda parte a polícia brasileira
Parecia o Malazarte, carregou água em peneira
Um rato de muita arte sem cair na ratoeira
Malandro pintou o sete
Fez ponta de canivete virar bico de chaleira
Era liso igual quiabo não falhava um truque seu
Soldado, sargento e cabo na poeira se perdeu
Pegou gato pelo rabo e como lebre vendeu
Embrulhou até o diabo que na frente apareceu
Era um cascavel dos bravo bote errado nunca deu
Malvado e desumano
Embrulhou até cigano que com ele se envolveu
Na capital de São Paulo o malandro apareceu
E dando uma de galo a mão no peito bateu
Para pisar no meu calo quero ver quem que nasceu
Não vou cair do cavalo, rei dos malandro sou eu
Não pode cair no pialo quem com classe aprendeu