Contam, dizem
Que ele baloiçava do 18º,
choviam centavos e agita-se o mundo
Era domingo mas deus decretou
Vai saltar, vai saltar
Cantam, juram
Que viram as asas os olhos vazados,
os braços sinceros suspensos no ar
Hoje garantem que esteve a pairar,
numa luz invulgar
REFRÃO:
Quem o viu caír
Conta que o corpo não foi encontrado,
no meio de tanto bocado
Quem o vê passar
fala da sombra a crescer nos telhados,
de estrelas com significados
Clamam, negam
As provas concretas as fotos secretas,
que penas amenas pousaram no chão
Ouviu-se um tiro ouviu-se um trovão,
talvez sim talvez não
Calam, colam-se
Ao chão de cimento a placas de vento,
garantem que o tempo vai clarificar
Onde é que o mundo iria parar,
se pudesse voar
REFRÃO:
Quem o viu cair
Conta que o corpo não foi encontrado,
no meio de tanto bocado
Quem o vê passar
fala da sombra a crescer nos telhados,
de estrelas com significados