Alguém perguntou pra mim: “ Mas porque tu é gaiteiro ?”
Respondi no pé da letra: “ É porque sou fandangueiro,
recebi o dom divino, não posso desperdiçar;
a nobreza do meu pago é meu dever exaltar !”
Sou gaiteiro fandangueiro, gaúcho de tradição; quando pego na cordeona, levanta poeira do chão,
toco firme no compasso, faço tremer o salão, cantando de peito aberto num fandango de galpão;
sou gaiteiro fandangueiro, gaúcho de tradição, cantando de peito aberto num fandango de galpão.
Na destreza do meu braço, dou-lhe gaita em qualquer canto;
sou gaiteiro fandangueiro, herdeiro do pago santo;
ser gaiteiro é um privilégio, que não é pra qualquer um;
se eu me desfizer da graça, não vou a lugar nenhum.
Sou gaiteiro fandangueiro, gaúcho de tradição; quando pego na cordeona, levanta poeira do chão,
toco firme no compasso, faço tremer o salão, cantando de peito aberto num fandango de galpão;
sou gaiteiro fandangueiro, gaúcho de tradição, cantando de peito aberto num fandango de galpão.
O mundo é minha morada debaixo do céu azul,
gaiteiro por excelência, cantando meu pago-sul;
sou amigo dos amigos, sem maldade, sou sincero;
ser gaiteiro fandangueiro é tudo o que eu mais quero;
Sou gaiteiro fandangueiro, gaúcho de tradição; quando pego na cordeona, levanta poeira do chão,
toco firme no compasso, faço tremer o salão, cantando de peito aberto num fandango de galpão;
sou gaiteiro fandangueiro, gaúcho de tradição, cantando de peito aberto num fandango de galpão.
E pra aqueles que não gostam de me ver assim, feliz,
tenho Deus como parceiro e já tive tudo o que quis;
canto o meu Sul amado, pois me cobra a consciência,
já me disse Dom Gildinho, qualquer prêmio é conseqüência.
Sou gaiteiro fandangueiro, gaúcho de tradição; quando pego na cordeona, levanta poeira do chão,
toco firme no compasso, faço tremer o salão, cantando de peito aberto num fandango de galpão;
sou gaiteiro fandangueiro, gaúcho de tradição, cantando de peito aberto num fandango de galpão.