Há muito tempo, minha alma de gaiteiro sente os tinidos de uma cordeona, a gemer;
era meu pai, floreando a gaita, altaneiro, em melodias que herdou em seu viver;
eu nem sabia, mas meu coração guardava notas e acordes que eu iria aprender;
e aquela gaita que, insistente, resmungava, eu já escutava antes mesmo de nascer.
Que lida boa, viver livre a tocar, corações a alegrar por todos esses rincões;
abraço a gaita e o mundo por inteiro, e esta sina de gaiteiro atravessa as gerações;
que lida boa, viver livre a tocar, corações a alegrar por todos esses rincões;
abraço a gaita e o mundo por inteiro, e esta sina de gaiteiro atravessa as gerações.
Tal qual chinoca, que se entrega num abraço quando é tratada com amor e com carinho,
minha cordeona se aconchega nos meus braços, e os seus segredos me mostra, devagarinho.
juntando notas que o velho pai me ensinou com mais algumas que recolho no caminho,
eu abro o fole e lembro o tempo que passou, e minha alma toca e canta bem baixinho.
Que lida boa, viver livre a tocar, corações a alegrar por todos esses rincões;
abraço a gaita e o mundo por inteiro, e esta sina de gaiteiro atravessa as gerações;
que lida boa, viver livre a tocar, corações a alegrar por todos esses rincões;
abraço a gaita e o mundo por inteiro, e esta sina de gaiteiro atravessa as gerações.
Lá no meu rancho, quando a noite vem chegando, com minha prenda vou chimarreando, faceiro;
de quando em vez, pego a cordeona e vou tocando, honrando alegre este legado verdadeiro;
repasso agora à toda minha descendência o que ancestrais me confiaram, por herdeiro;
renova a história e torna alegre a consciência quem traz no sangue esta sina de gaiteiro.
Que lida boa, viver livre a tocar, corações a alegrar por todos esses rincões;
abraço a gaita e o mundo por inteiro, e esta sina de gaiteiro atravessa as gerações;
que lida boa, viver livre a tocar, corações a alegrar por todos esses rincões;
abraço a gaita e o mundo por inteiro, e esta sina de gaiteiro atravessa as gerações.