Quando ronca uma cordeona, o povo se alvoroça e vai pro salão;
dou de mão numa “tchangaça” e danço pros dois lados só no bastantão;
todo índio fronteiriço gosta muito disso, é festa no más;
pego num retiquetiado, e “vamo” encarreirado pra frente e pra trás.
Toca gaiteiro monarca, batendo na marca pra lá e pra cá;
que eu vou só no sarandeio, potro sem arreio, o mais livre que há;
corcoveando e atirando as pernas pelos lados, só na marcação,
vou livrando umas canelas, mas de vez em quando acerto algum garrão;
vou livrando umas canelas, mas de vez em quando acerto algum garrão.
Todo baile macanudo sempre tem de tudo pra se apreciar...
tem prenda linda e serena, tem loira e morena pra se admirar,
tem casada, tem solteira, dançando faceira, xote e vaneirão;
lá se integra a gauchada, toda irmanada, nesta tradição.
Toca gaiteiro monarca, batendo na marca pra lá e pra cá;
que eu vou só no sarandeio, potro sem arreio, o mais livre que há;
corcoveando e atirando as pernas pelos lados, só na marcação,
vou livrando umas canelas, mas de vez em quando acerto algum garrão;
vou livrando umas canelas, mas de vez em quando acerto algum garrão.
Toca gaiteiro monarca, batendo na marca pra lá e pra cá;
que eu vou só no sarandeio, potro sem arreio, o mais livre que há;
corcoveando e atirando as pernas pelos lados, só na marcação,
vou livrando umas canelas, mas de vez em quando acerto algum garrão;
vou livrando umas canelas, mas de vez em quando acerto algum garrão;
vou livrando umas canelas, mas de vez em quando acerto algum garrão.