Encilhei a capricho meu pingo
Tô voltando pra minha vertente
Já faz tempo, me acoça o anseio
De abraçar os meus pais novamente
Vou beber água pura do poço
Café preto do fogão à lenha
Pão de milho do forno barreado
Leite fresco e bem gordo da ordenha
Pela estrada me largo pachola
Reviver o que deixei pra trás
Galopeando saudade e lembrança
Estou indo rever os meus pais
Galopeando saudade e lembrança
Estou indo rever os meus pais
Lembro o mate bem doce e o pinhão
Em família num jeitão antigo
O aconchego do colo da mãe
O mais terno e sublime abrigo
Não esqueço das rinhas de galo
Lá no velho galpão de meu pai
Ai meu Deus que saudade danada
De um tempito que longe se vai
Pela estrada me largo pachola
Reviver o que deixei pra trás
Galopeando saudade e lembrança
Estou indo rever os meus pais
Galopeando saudade e lembrança
Estou indo rever os meus pais
Até vejo a velha pandorga
Que nas tardes de outono eu erguia
No terreiro onde jogava bola
Nem um fiapo de grama crescia
Vejo o tempo passar tão depressa
Nos setembros de minha existência
Quem me dera ser guri de novo
Com meus pais na minha querência
Pela estrada me largo pachola
Reviver o que deixei pra trás
Galopeando saudade e lembrança
Estou indo rever os meus pais
Galopeando saudade e lembrança
Estou indo rever os meus pais