Para-se o vento, a lua vai gemer
A sombra solta, dançando pelo ar
Abre-se a porta, começam a descer
Na hora inversa, que eu tenho pra sonhar
São três da madrugada
Um sopro me acordou
E treme a terra, um vulto cai no chão
Desmantelos na imensidão
Enquanto que a cabra berra, o galo canta em vão
No segredo da escuridão
Estripolias, tensão e frenesi
Rancor e ódio, prazer e gargalhar
No asfalto frio, um corpo vai cair
Atormentado, depois de se assombrar
São três da madrugada