A LUZ DO MEIO-DIA
E meu espírito lança-se num vôo aventureiro
Entre as paredes dum abismo sem fim
A dançar, a dançar, sorridente e impetuoso
Ele contempla os raios do sol rasgando o ar.
É meio-dia, e meus olhos claros como a luz que a tudo
incendeia
Enxergam aqueles redutos frios onde as trevas outrora
dominavam
É meio-dia, e as sombras que tudo tornavam opaco
Agora são mínimas manchas negras num espetáculo de
brilho
É meio-dia, e a luz terrível que vem do Sol
Já não me cega mais.