Neste verso tão singelo
Minha bela, meu amor
Pra você quero contar
O meu sofrer e a minha dor
Eu, sou como o Sabiá
Que quando canta é só tristeza
Desde o galho que ele está
Nesta viola
Eu canto e gemo de verdade
Cada toada
Representa uma saudade
Eu nasci naquela serra
Num ranchinho a beira-chão
Todo cheio de buraco
Onde a lua faz clarão
E, quando chega a madrugada
Lá no mato a passarada
Principia um barulhão
Nessa viola...
Lá no mato tudo é triste
Desde o jeito de falar
Quando eu risco na viola
Dá vontade de chorar
Não tem um que cante alegre
Tudo vive padecendo
Cantando pra se aliviar
Nessa viola....
Vou parar com minha viola
Já não posso mais cantar
Pois o Jeca quando canta
Tem vontade de chorar
E o choro que vai caindo
Devagar vai se sumindo
Como as águas vão pro mar
por nelson de campos