Eu tenho pena, da mulher do meu patrão
Muito rica tão bonita, ai meu deus que muiérão
Não tem meninos para não envelhecer
Mas nervosa sofre muito, por não ter o que fazer
No atiço da panela, no batuque do pilão
Tem somente 15 filhos, mais o xaxo do feijão
Sarampo catapora, mais a ropa pra lavá
Resfriado tosse brava, lenha para carregá
Pote na cabeça, tem xerem pra cozinhar
Tira o leite da cabrinha, tem o bode prá soltá
Vivo com minha nega, num ranchinho que eu fiz
Não se queixa não diz nada, e se acha bem feliz
Com tudo isso, ainda sobra um tempinho
Um agrado, um carinho
Eu não quero nem dizer
Com tudo isso, ainda sobra um tempinho
E um muleque sambudinho
Todo ano é pra nascer