Tinha eu quatorze ano
Quando deixei meu estado
Meu pai era sitiante
Trabaiador e honrado
Por este mundão de Deus
Eu dei murro no pesado
Quando a sorte me sorria
Os meus plano foi cortado
Triste notícia chegava
Meu destino transformava
Eu fiquei um revortado
Meu pai tinha falecido
Na carta vinha dizendo
As terra que ele deixou
Minha mãe acabou perdendo
Para um grande fazendeiro
Que abusava dos pequeno
Meu sangue ferveu na veia
Quando eu fiquei sabendo
Invadiram as terra minha
Tocaram a minha mãezinha
Pra roubar nossos terreno
Eu vortei pra minha terra
Foi com de no coração
Procurando meus direito
Eu entrei num tabelião
Quase que também caía
Nas unha dos gavião
Porque o dono do cartório
Protegia os embrulhão
Me falou que o fazendeiro
Tinha rios de dinheiro
Pra ganhar esta questão
Respondi no pé da letra
Não tenho nenhum tostão
Meu dinheiro é dois revólver
E bala no cinturão
Se aqui não tiver justiça
Para minha proteção
Vou mandar os trapaceiro
Pra sete parmo de chão
Embora saia uma guerra
Vou matar ladrão de terra
Dentro da minha razão
Nós tava de onze a onze
Na parada nesse dia
O pobre é carta baixa
E os rico são as mania
Foi uma chuva de bala
Só capanga que corria
Foi pela primeira vez
Que o dinheiro não valia
O barulho acabou cedo
Entregaram foi de medo
Terras que me pertencia
Na cerca de minha terra, oi, ai
Quem mexer ninguém imagina, oi, ai