Quando entrei num bar
Ouvi reclamar um embriagado
Entregue à bebida era um ser sem vida
Todo esfarrapado
E na mão trazia
A fotografia de uma jovem linda
Mostrando aos presentes
Em voz comovente foi dizendo ainda
Contemplai senhores
A causa das dores de um desgraçado
Este ego chora
Os dias que outrora foi um homem honrado
Um vil traidor
Roubou meu amor que era os sonhos meus
Destruiu meu lar
Que foi no altar unidos por Deus
Vendo o retratinho
Eu chorei baixinho em prantos de dor
Pois naquele instante
Eu vi o semblante do meu grande amor
Eu nunca pensei
Que a mulher que amei não tinha pudor
Meu Deus o que fiz
Daquele infeliz fui eu o traidor
Hoje neste bar
Dois ébrios a chorar dividem seus prantos
E a mulher que um dia
O seu lar traía perdeu seus encantos
Seu triste pecado
Que fez no passado chora arrependida
E por culpa sua
Vivem pelas ruas três vidas perdidas