A dor que trago no peito
Já não é dor, já sou eu
Sou eu o sonho imprefeito
Por trazer dentro do peito
Um amor que é só meu.
Já não tenho o meu sorrir
Que dava luz ao meu ser
Já nem sei p’ra onde ir
Tudo é fado, é já partir
Tudo em mim é padecer.
E é minha voz, meu penar
É o chorar que não choro
Que me alimenta ao cantar
Esta loucura de amar
É toda a fé em que moro.
Dia que passam sem fim
Num desafio sem igual
Ai dias, chamem por mim
P’ra eu saber ao que vim
P’ra eu esquecer este mal.