Uma saudade do mar, tem, seu monumento em Lisboa
Velho bairro popular, sombrio e vulgar, que é a Madragoa
E reza a história que foi lá, numa noite de natal
Que veio a luz o primeiro herói marinheiro, que honrou Portugal
Ó velha Madragoa
Tens a esperança e nada mais
E há tanta coisa boa
Noutros bairros, teus rivais
Ó velha Madragoa
Não tens um só painel, um arco ou um brazão
Só tens ó Madragoa
Nos lábios doce mel, no peito um coração
A noite cai, e o luar vem dar-lhe a triste cor de opala
E as estrelas a brilhar, parecem baixar do céu para beijá-la
E a Madragoa a dormir tem como prémio ao seu labor
Lindos sonhos de princesa, de eterna beleza, os sonhos de amor