Tempos remotos repletos de ignorancia
Subúrbios dispersos devotos de droga pela infância
Luxúria e ganância desequilibra a balança
Que procura estabilidade e a medida que o tempo avança
Cabeças vão a baixo pela falsa esperança
Parte uma criança, parte mais uma pessoa
Ignorada realidade que ecoa
Nas minha linhas criando um laço com beats
Questões vão mais alem em busca dos limites
continua a acontecer akilo ke akontecia,
uma arma é mais barata ke o pão de cada dia
crescemos na porcaria, a espera de uma estadia
mais favorável mais prestável ao nosso esforço
em que esse esforço não acabe dentro dum calabouço
em vão, porque não me sinto realizado
eu rimo neste estado, porque fico preocupado,
com tudo e todos, porque sempre foi assim
tento que não aconteça aos outros o que me aconteceu a mim
é triste ver nascenças sem pais presentes
é triste estar na maternidade sem ter parentes
é triste ver as drogas e os seus consequentes
ainda mais ver idosos a morrer sem os entes
mais próximos,
é triste boy
Tempos remotos repletos de ignorancia
Subúrbios dispersos devotos de droga pela infância
Luxúria e ganância desequilibra a balança
Que procura estabilidade e a medida que o tempo avança
vozes do alem, que chamam o meu espírito
vozes do aquém, dizem que não sou cívico
para que, se olham para mim com preconceito
fechado numa jaula, calado é o meu direito
como podemos confiar na segurança corrupta
que nos fode quando pode, filhas duma grande puta
para eles somos a arvore que nunca vai dar fruta
no meio da atrocidade pergunto de quem é a culpa
2008