É de vereda parceiro, que o golpe firma na trança
Se o braço busca a distância, no estender da canhada
Uma terneira abichada, que achata a cola por conta
Ritual gaúcho na estampa, desta querência sagrada.
É de vereda parceiro,com a bota sempre estrivada
Que aparto um boi na invernada, pra garantir o sustento
Chapéu tapeado com o vento, num barbicacho apertado
E um peleguito virado, nesse “fundão mormacento”
Salta calando parceiro, salta calando!!
Faz um bichinho e afirma a perna no más
Soca as esporas e “afrouxa” a boca do pingo
Que a zebuada, sobra pata por “demás”.
E de vereda parceiro, “vamo” rangindo a carona
Num resmungar da chorona, n'alguma folga domingueira
E a sina por balconeira, faz esbarrar na cancela
Pra tira a poeira da goela, num bolicho de fronteira.
E de vereda parceiro, que a noite vem espiando
Junto aos buracos do rancho, de uma peleia passada
E o vício ronda a indiada, num destorcido com canha
Piscando um olho na sanha e metendo sorte clavada.