Esquivo?... Sim!... Porque não?
... aceito a alcunha firmada!
...aceito a marca estampada
Na paleta do meu nome!
Mas sei respeitar pronomes:
Mais o nós... menos o eu
Muita coisa se perdeu
No egocentrismo dos homens!
Esquivo?... Sim!... Porque não?
...porém cada vez mais vivo!
Pouco me escapa ao crivo
Da rigidez de valores
E, por isso, quantas dores...
...quantas luzes apagadas...
...quantas sombras disfarçadas
Entre amizades e amores!
Esquivo... sem ser covarde!...
-a trança sob o retovo
Sou tal ginete bueno
Que quando cai se levanta...
...se agranda e “munta” denovo!
Esquivo?... Sim!... Porque não?
... aceito a minha esquivez!...
...que enxergo com altivez
- como, da trança, o retovo!
Digo e afirmo denovo –
Aos da vaidade mesquinha:
Pra mim, são como a galinha
Alardeando o próprio ovo!
Esquivo?... Sim!... Porque não?
... não tenho dono ou senhor!...
... não necessito favor
Nem ando rezando prece...
...a santo que não merece
- que da luz, conhece a sombra!-
Quem merece o tempo “nombra”!...
...porque a história não esquece!