A minha amada de Lisboa
Tem o azul do Tejo no olhar
Toda a cidade se ilumina
Quando penteia o seu cabelo ao luar
Conto as estrelas no seu rosto de menina
A minha amada de Lisboa
Perfuma cada rua de saudade
E nas vitrinas da avenida
O seu vestido vai espelhando a claridade
Quando ela passa nos meus dias distraída
Que será das vielas e da ponte sobre o rio
Quando encontrar outro lugar nos sonhos dela
Se ela partir sem um adeus no seu navio
Não há-de haver outra cidade como ela
A minha amada de Lisboa
Quer ver nascer o Sol no meu inverno
Quer ver a chuva em pleno agosto
E andar molhada no Rossio, um dia eterno
Quando ela dança o meu sorriso é fogo posto
Que será das vielas que deixou no meu olhar
Quando o luar vier espreitá-la na janela
Daquela casa que deixou sem avisar
Sei que Lisboa vai sentir a falta dela