O homem tem dois olhares
Um enxerga, e o outro que vê
Um enxerga, e o outro que vê
Tem o olho da maldade
E o olho da piedade
Tem que ter
Olho bem grande
Pra poder sobreviver
Jubiabá, ô Jubiabá
Faz o feitiço bem feito
Pra minha nega voltar
No morro do Capa Negro
Quero lhe cambonear
Se secar o olho da maldade
O homem vai sofrer
Sem entender, a maldade do mundo
Que o seu lado bom vai ter
E sem seu olho da piedade
Vai fazer gente sofrer, magoar, ferir
Sem refletir, e bem mais cedo
Vai desencarnar, subir
É a lei de Jubiabá
Ô Jubiabá
Faz o feitiço bem feito
Pra minha nega voltar
No morro do Capa-Negro
Quero lhe cambonear
Quero meus olhos abertos
Quero bem longe enxergar
Vendo o errado e o certo
Posso diferenciar
No morro do Capa-Negro
Quero lhe cambonear
Jubiabá, ô Jubiabá
Faz o feitiço bem feito
Pra minha nega voltar