Querência... lavraram tuas verdes colinas
Represaram a água da fonte
Semearam este pasto cinzento
Querência... não tem luar entre arvores frondosas
Ofuscado por luzes que não piscam
Natureza perdida no tempo
Querência
Cade o " quero quero" que anunciava a chegada
Dos peões em final de tropeada
Com os rostos cobertos de suor
Querência... apagou-se o fogo de chão
Onde os peões contavam seus "causos"
Sorvendo um amargo chimarrão
Querência... cade tuas mangueiras caiadas
Seus tropeiros e bois pela estrada
A poesia da vida do campo
E as rodas das carretas legendárias
Esquecidas no teto ficaram
Em algum bolicho de beira de estrada