Sou um homem, sou um bicho, sou uma mulher
Sou a mesa e as cadeiras deste cabaré
Sou o seu amor profundo
Sou o seu lugar no mundo
Sou a febre que lhe queima, mas você não deixa
Sou a sua voz que grita, mas você não aceita
O ouvido que lhe escuta
Quando as vozes se ocultam
Nos bares
Nas camas
Nos lares
Na lama
Sou o novo, sou o antigo
Sou o que não tem tempo
O que sempre esteve vivo
Mas nem sempre atento
O que nunca lhe fez falta
O que lhe atormenta e mata
Sou o certo, sou o errado
Sou o que divide
O que não tem duas partes
Na verdade existe
Oferece a outra face
Mas não esquece o que lhe fazem
Nos bares
Na lama
Nos lares
Na cama
Sou o novo, sou o antigo
Sou o que não tem tempo
O que sempre esteve vivo
Sou o certo, sou o errado
Sou o que divide
O que não tem duas partes
Na verdade existe
E não esquece o que lhe fazem
Nos bares
Na lama
Nos lares
Na cama
Na cama
Na cama
Na cama