Pretendo incendiar o teu fogo lento,
Lacerar teu olhar de amianto.
Espero me perder em teu sangue frio
Pra de lá acender-te o pavio.
Arde,arde,arde um vasto oceano
Arte de atear o fogo ao destino
Abrasar onde o gelo
Estocar seu fascínio
Até alcançar o caos do Malabar,
Malabar!
Invento acalentar o teu sonho seco
Irrigar teu deserto de zinco
Regar ao teu redor,virar teu regalo
Alagar teu olhar
Tão carregado de pó,
Canto tanto pranto que a lágrima
Acende um farol
Trago o fogo santo que faz do teu peito um paiol
Um paiol.
Abro um maremoto no teu paradeiro infernal,
Quero um fogo farto
Que vá do começo ao final
Quero um rastilho fatal!
Fatal!