Se a morte fosse fraca e cativa
Roubava sorrateira o seu viço
Me esgueirando pela noite em seu leito
Lhe envolvendo num feitiço derradeiro
Ainda que me surpreendas no meu leito
Me envolvendo num feitiço derradeiro
Não irei me curvar a tua canção
Porque não terás um pedaço do meu manto
Se a morte um dia descansasse
A espreita de seu sono insuspeitado
Lhe encerrava o funesto encanto
Maldizendo os trapos do seu manto
Ainda que me surpreendesse no meu leito
Me envolvendo num feitiço derradeiro
Ainda que me roube o encanto
Maldizendo os trapos do meu manto
Não irei me curvar a tua canção
Ainda não terás nem um pouco de meu sangue
Se a morte, afinal, se ajoelhasse
E me viesse nua e humilhada
Lhe açoitava as costas maltrapilhas
Até que devolvesse as minhas filhas
Ainda que me surpreendas no meu leito
Me envolvendo num feitiço derradeiro
Ainda que me roubes o encanto
Maldizendo os trapos do meu manto
Ainda que me açoites as costas maltrapilhas
Não me farás devolver as suas filhas
Não irei me curvar a tua canção
Porque não terás o meu nome verdadeiro