Eu ouço essa estória mais de uma vez
E não consigo vislumbrar
O que me acontece em alto mar
Longe de vocês
E de certo, um certo bagre um dia me falou
Que não mora mais aqui
Foi na montanha com o saci
Que ele se encontrou
E deixou esse poleiro por um outro amor
Em sua casa, marceneiro e a galinha
Vivem num bueiro
Pois não sentem dor
Vamos, beija-flor, não esqueça sua estória
Que fique na memória desses nobres sem abrigo
Longe do perigo, o restante da escória
Que não serão, por menos, o melhor dos seus amigos
E voando sobre a pedra para nunca mais
Na calçada a barinjeira
E o vovô percebe a coceira
É o piolho contumaz
E num bosque sem um verde, mas com um coração
O godero fica aqui
E o bem-te-vi
Foge sem razão
E não podemos esquecer do derradeiro amor
Na Babilônia, a nega véia
Com Anack, uma odisséia
Que num filho resultou
Vamos, todos juntos, sem limite e sem fronteira
Uma fogueira acesa, frente ao mar que me guiei
Visita sem destino, pode parecer besteira
Mas pra perto, meus amigos, certo dia voltarei