Iê iê iê iê iê
Arrebentaram a corrente, quebraram a argola
Iê iê iê iê iê
Esse povo é valente, esse negro é de Angola
Contra a bota de quem manda, o chicote e a pistola
Eu já dei tesoura e banda
Rapa, soco, tapa e sola
Nunca fujo de demanda e nem de remandiola
Tenho sangue de Luanda, venho da nação de Angola
Iê iê iê iê iê
Arrebentaram a corrente, quebraram a argola
Iê iê iê iê iê
Esse povo é valente, esse negro é de Angola
Não sou peça de quitanda, nem sou ave de gaiola
Do jeito que o mundo anda, mais me sinto Quilombola
Negro não tem vida branda, capoeira é sua escola
Quem morrer vai pra Aruanda
Volta pra nação de Angola
Iê iê iê iê iê
Arrebentaram a corrente, quebraram a argola
Iê iê iê iê iê
Esse povo é valente, esse negro é de Angola
General é que comanda, presidente é que controla
Mas quando o poder desanda, vira mesmo a curriola
Bota o cabra na ciranda, faço macho de boiola
Passo pó, batom, lavanda
Vai dormir de camisola
Iê iê iê iê iê
Berimbau é o tenente, o major é a viola
Iê iê iê iê iê
Tem Besouro de frente no jogo de Angola