Canjonja no que sobra o xuxa na bitola
O pobre está na obra o n’buku na vaiola
O copera no protesto o dólar na sacola
A fruta está no cesto e o n’dengue está na escola
Os quintais das tardes longas os mufetes e kizombas
E os vestidinhos de folhos
No ventre de um pescador n’zala
Ao batuque da sanzala água cresce nos meus olhos
Na grade de cerveja o que é que fica (saudade é que fica)
No bairro do São Paulo do Benfica (saudade é que fica)
A kota ainda está sentar na esteira (nossas brincadeiras)
No fim da boda sobrou a poeira (nossas brincadeiras)
No zula contra a zuata eu não minto (é tudo o que sinto)
No verso de um poema de Jacinto (é tudo o que sinto)
O pato na entrada o trolha no trambique
O forte na porrada o xuxado no alambique
Kota Elias na canção a moça na janela
Nos sonhos tradição um dia em Benguela