Cuca cuca parakuka carrapitos na cabeça
Granda n’bunda que ela tinha
Te dar um beijo na boca roubar manga
Roubar roupa no quintal lá da vizinha
O dikota que falou que bem cedo começou
Com as bitola mano a mano
O salário que mingou a comida que aumentou
O preço de ano pra ano
Coisas da terra, terra da gente
Coisas da gente da nossa terra
E aquela namorada que eu tive no liceu
Ai meu Deus como lhe amava
Os livros que transportei as vezes
Que gazetei pela minha namorada
E a tia que ensinava o kimbundu
Pro kanuko que ainda novo não sabia
As muzumbas que lembrava os cacussos
Que eu comprava num pescador da baia
Coisas da terra, terra da gente
Coisas da gente da nossa terra
E a cota que chingava um marido
Que bolsava pelas mágoas que afogou
E aquela tia feia que de tanta volta e meia
Ainda nem sequer casou
Os velhos salões de areia os cânticos
Pra sereia os pedidos pra Sant’Ana
Os beijos que não senti os amores que não vivi
Os quedelos de Luana
Coisas da terra, terra da gente
Coisas da gente da nossa terra
Dos becos por onde andei as garinas
Que beijei qual delas a mais bonita
Os petróleo recebi as bebida que bebi
No barengue do Xavita
Kambadiami n’za xala boba
Eme n’golokinga muive kuimbila
Via n’za n’za coko kambadiami n’za
Via n’za mu xiami xiami muangola
N’guamandala