Atirei pedras ao charco
Para quebrar os espelhos de água
O que trago do passado
É a lucidez das horas diluída de mim
Fico a ver as horas que passam
Fico a ver como o coração dispara
Caixa negra de ilusão
Tudo são ideias que não se perguntam
O que trago do presente
É a confusão dos dias que se agarra a mim
Fico a ver as horas que passam
Fico a ver como o coração dispara
Mordo a mão, com o peito às balas dado
Mordo a mão, colho tudo o que plantei