A pele ruboriza numa febre de morte
uma cruel quimera, que pelos ombros segura
o cabelo chicoteia o ar que vaporiza
um perfume de brasa foi esculpido da cinza.
No seu jogo, sem vontade sou mero peão
preso pelo olhar movediço, que me afunda inteiro pelo chão.
Uma corda em trança, que esticada ondula
perto à garganta, só respiro quando ela deixar.
No seu jogo, sem vontade sou mero peão
preso pelo olhar movediço, que me afunda inteiro pelo chão.
sem ter medo ainda estremeço, sentado no mármore quebrado
solto pelo olhar que transfigura,
no rodopiar da sua mão.
Com o olhar escuro,
de fumo negro.