Na terra escura da noite
As estrelas são semente
Pra colher o novo dia
O que espera nossa gente
Já escuto na lavoura
O passo alegre do povo
Que vai levando nos braços
Os frutos do dia novo
Que vai levando nos braços
Os frutos do dia novo
Entre o hoje e o amanhã
Corre um rio que nos alerta
Nas águas de quem oprime
Não navega quem liberta
Caiu suor na terra arada
A chuva na brotação
Quem traz ganância nos olhos
Não traz sementes nas mãos
Quem traz ganância nos olhos
Não traz sementes nas mãos
São legiões de campesinos
De rude enxada nos ombros
Plantando sua esperança
Nesta vastidão de escombros
Pelas mãos da gente simples
O dia nasce das sombras
Os frutos do lado do sol
Lá pro celeiro te espera
E a colheita surgindo
Do ventre da primavera
E a colheita surgindo
Do ventre da primavera