Meia-noite, a primeira vez,
domingo pra segunda.
Antes da culpa vir às três,
disse então que se cumpra.
Nunca pensei tanto no após.
Nunca falei tanto de depois.
Foi só ficar a sós, um e um são dois
e a gente foi esquecendo até de dormir.
Só quando o sol bateu eu saí
do quarto, vou mas volto amanhã.
Cinco minutos, casa, afã
de fincar estandarte e dizer:
declaro guerra a quem me impedir,
vou, tomo parte de arma na mão,
mato e salgo a terra onde o mal nascer
que é pra ter você sem nenhum mal no coração.
Sétimo dia, vou descansar.
Quero a humildade de ir dormir
não sendo Deus mas sendo teu par
na cidade que eu não construí.
Não me interessa se vai durar,
se acaba nunca ou amanhã,
se vai ter a maçã e a expulsão
que o meu coração já se basta, basta você.