Sem mais idade pra se esconder,
mas sem vontade, dinheiro, você
ou planos até os meus cem anos
como havia de ser, com vergonha a perder
de vista, como todo paulista
capaz de entender
o quão profundo te faz parecer
um microfone, uma rostinho blasé,
um grito, um boné bem bonito,
um tipo pra fazer, um troço pra beber,
um vício, pular de um precipício,
falar que quer morrer...
Às seis da tarde parar de correr,
ser de verdade, a vida pra viver...
Que chato. Não me vendo barato
só pra não ser clichê até mesmo porque
desisto de ver e ser visto,
disso e de querer
ir lá no frente do pico dizer:
“não acredito em gente que crê
no rock”. Então não provoque,
isso é com você e com todos os teus
amigos. Esquece o que eu digo
mas deixa dizer.