No Bairro da Madragoa
à janela de Lisboa,
nasceu a Rosa Maria
Filha de gente vareira
foi criada na ribeira
entre peixe e maresia
Flor, mulher aquela rosa,
era a moça mais airosa
que a malta já conheceu
e toda a malta do mar
suspira ao vê-la passar de chinela e perna ao léu
Lá vai a Rosa Maria
que é a alegria desta ribeira
ouve e ri à gargalhada qualquer piada por mais brejeira.
Vai bugiar meu menino!
Não deites barro à parede
que esta rosa é peixe fino para as malhas da tua rede.
O jovem Chico Fateixa
já jurou que não a deixa,
pois a paixão é teimosa.
É de tal modo a cegueira
que deu á sua traineira
o nome daquela rosa.
E a flor da Madragoa
ao ver escrito na proa
seu nome Rosa Maria
ergueu os braços ao Chico.
Começou o namorico
e vão casar qualquer dia.
Lá vai a Rosa Maria
que é a alegria desta ribeira
ouve e ri à gargalhada qualquer piada por mais brejeira.
Vai bugiar meu menino!
Não deites barro à parede
que esta rosa é peixe fino para as malhas da tua rede.
Vai bugiar meu menino!
Não deites barro à parede
que esta rosa é peixe fino para as malhas da tua rede.