Eu nasci pra ser violeiro
Aprendi tocar ligeiro
Por este Brasil inteiro
Pra cantá todos me chama
Os meus verso têm ciência
Canto eles na cadência
É sinár de competência
Do violeiro que tem fama
Comigo ninguém não pode
Quando eu entro no pagode
É só parma que derrama
O meu peito é uma metralha
Corta mais do que navalha
Já ganhei muitas medalha
Fazendo versos na hora
Sou violeiro diplomado
Ainda não fui quebrado
Se um dia for derrotado
A menina por mim chora
Se eu perder numa festa
Uma coisa só me resta
Eu quebro a viola e jogo fora
Minhas moda são pesada
Eu canto dando lambada
Não canto moda roubada
Eu sou violeiro caprichoso
Neste meu emprego novo
Eu ganho o que vale o povo
Iguár um pinto no ovo
Eu aperto cabra invejoso
Sou pior que jararaca
Quanto mais o cabra ataca
Mais eu fico perigoso
O Brasil de norte ao sul
Neste céu tão lindo azul
Onde eu canto cururu
Já pergunta de onde eu sô
Eu respondo suspirando
Com o meu coração queimando
Eu sou índio paulistano
Já vem por parte de avô
Sou filho de gente brava
Eu sou de Piracicaba
A terra dos cantadô