Levantei da minha cama quando amanheceu o dia
Carteiro bateu na porta, uma carta me trazia
Na carta vinha um convite que nos ar me suspendia
Para nóis ir num catira na fazenda Ventania
Convidei o meu irmão e fomos pra estrebaria
Arriemos dois cavalos e pela estrada saía
Na garupa foi a viola que era a nossa garantia
Quando cheguemos na festa o catira já fervia
Nóis cheguemos no terreiro, o povo nos recebia
O céu cobriu de balão e foguete que explodia
Cantemos um cateretê em dueto e voz macia
E fizemos um pontiado que até a terra tremia
O catira terminou, o povo se entristecia
Pediram pra nóis ficá mas isso nóis não podia
Vortemos muito tristonho para nossa moradia
Nóis guarda recordação do catira na Ventania
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)