Se entrega, Corisco!
Eu não me entrego não!
Eu não sou passarinho
Pra viver lá na prisão!
Se entrega, Corisco!
Eu não me entrego não!
Não me entrego ao tenente,
Não me entrego ao capitão,
Eu me entrego só na morte,
De parabelo na mão!
Mais forte são os poderes do povo!
Farreia, farreia, povo,
Farreia até o sol raiar
Mataram Corisco,
Balearam Dadá.
O Sertão vai virar mar,
E o mar vai virar sertão!
Tá contada a minha estória,
Verdade, imaginação.
Espero que o sinhô tenha tirado uma lição:
Que assim mal dividido
Esse mundo anda errado,
Que a terra é do homem,
Não é de Deus nem do Diabo!