Eu, viandante de um chão poento
Dias queimosos, vida sem idílio
Preces voltadas para sóis ardentes
Luares claros a buscar o auxílio
Para os meus olhos, confusão pasmosa
Batalha surda, secular martírio
Ai, desatino!
Ai, meu penar!
Ai, velho medo! Sombra e malpassar!
Vi mamelucos, pardos, vi cafusos
Rostos marcados: Um santo sudário
Em bom conselho, bendegó, pontal
Vi conselheiro rezar solitário
E anunciando o inverno benfazejo
Em monte santo subiu para o calvário