Na pisada do boi, na ponta da peixeira
No aperto do laço, apressando o passo
Pra dar uma carreira doida nessa cobra
Que quer te pegar
Olha o rastro da cobra que te cobra taxa
Que invade sua casa, que mente na tela
Dizendo que ela chegou pra salvar
Mas só quer te pegar
Vou contar, vou contar
Só não gosto de fuxico
Mas o estrondo do meu grito
Ninguém vai poder calar
Vou contar, vou contar
Minha embolada é quente
Corre canto e aguardente
Pro veneno não matar
Óia nóis São Bento, oia nóis São Bento
Tira as cobra do caminho, São Bento
Óia nóis São Bento
Pronta pra dar o bote ela tá na espreita
Só te observando, com olhos de cifra
Rasteja esperando só chegar a hora
De tu fraquejar
Ela toca bem alto o chocalho, ela dança
Pra te enganar e você parte desse baralho
Que chupa teu sangue e te cospe
Pra de novo usar
Sou brasileira
Nascida camaleoa
Carrego o peso da vida
Equilibrando a canoa
Faço e desfaço
Passo com o passo da fé
E se não for do meu jeito
É do jeito que eu quiser
Rezo pra Alá
Pra cá, pegou
Pior do que a dor do calo
É calar a própria dor
Ali Babá
Já se fartou
Mas eu tô pra ver quem vai roubar
Um real do nosso amor